segunda-feira, 1 de junho de 2015

Entendendo um pouco sobre Transtornos Ansiosos...


Primeiramente vamos falar de ANSIEDADE. Você sabe o que essa palavra significa?

Diferentemente do que geralmente as pessoas pensam, a ansiedade pode ser um estado afetivo normal. Ela pode servir como detecção e antecipação de ameaças e atuar como um fator modulador do funcionamento cognitivo, permitindo ao indivíduo permanecer atento, tendo como base objetiva uma ameaça ou perigo existente e decorrente da realidade externa.

Mas também é importante estar atento para perceber quando estas manifestações são muito intensas, duradouras ou desproporcionais trazendo prejuízo para a vida do paciente e sendo possível realizar o diagnóstico de TRANSTORNO DE ANSIEDADE.

É importante salientar que a ansiedade patológica pode ser secundária às doenças orgânicas como hipertireoidismo, insuficiência cardíaca congestiva, doenças pulmonares obstrutivas crônicas, além de uso ou abstinência de substâncias psicoativas.

Os sintomas ansiosos podem apresentar-se como uma mistura de manifestações:

·         somáticas (taquicardia, hiperventilação, sudorese, entre outros)

·         comportamentais (agitação e insônia, por exemplo)

·         cognitivas (irritabilidade, desatenção, nervosismo)


ATENÇÃO PARA O DIAGNÓSTICO CORRETO, POIS...

Muitos desses sintomas podem ser encontrados nos diferentes transtornos de ansiedade, porém o diagnóstico deve ser particular e realizado a partir da manifestação predominante em cada paciente. O diagnóstico psiquiátrico exceto em casos especiais onde a relação entre um fator etiológico e os sintomas é identificada, será sempre um diagnóstico clínico, ou seja, baseado na anamnese e no exame do estado mental.

MAS, E O QUE OS ESTUDOS ATUAIS MOSTRAM...

Os estudos reforçam a ideia de que os transtornos de ansiedade estejam entre os mais prevalentes e incapacitantes do ponto de vista da saúde pública da população brasileira. Os pacientes portadores desses transtornos apresentam redução significativa da qualidade de vida, com menor produtividade, maior morbidade e mortalidade, e maiores taxas de comorbidade (associado a outro transtorno).

TRATAMENTO...

O tratamento para esses transtornos é baseado no uso de fármacos, principalmente antidepressivos e benzodiazepínicos, e na psicoterapia que pode ser das mais diversas modalidades podendo focar nos aspectos de aprendizagem e condicionamento próprios da ansiedade patológica. Podemos observar que apesar de avanços recentes no manejo e na compreensão desses transtornos, o tratamento da ansiedade ainda constitui um desafio para a prática clínica.


NÃO PERCAM OS PRÓXIMOS POSTS...

Nós aprofundaremos sobre cada tipo de transtorno de ansiedade que segundo o Manual de Diagnóstico e Estatística (DSM) da Associação Psiquiátrica Americana e a Classificação Internacional de Doenças (CID) da Organização Mundial da Saúde são os: transtorno de pânico, transtorno de ansiedade generalizada, fobia social, mutismo seletivo, fobias específicas, transtorno de estresse pós-traumático e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC).

Guilherme Pimentel
           

REFERÊNCIAS:

RAMOS, RT. Transtornos de ansiedade. RBM rev. bras. med; 66(11). 2009. Disponível em <http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4131>. Acesso em 21/05/2015
PITTA, JCN. Transtornos de ansiedade. RBM rev. bras. med; 68(12). 2011. Disponível em <http://www.moreirajr.com.br/revistas.asp?fase=r003&id_materia=4934>. Acesso em 21/05/2015.

CASTILLO, ARGL. et al. Transtornos de ansiedade. Rev. Bras. Psiquiat. 2000. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/rbp/v22s2/3791.pdf>. Acesso em 21/05/2015.
MENEZES, GB. et al. Resistência ao tratamento nos transtornos de ansiedade: fobia social, transtorno de ansiedade generalizada e transtorno do pânico. Rev. Bras. Psiquiatr. 2007. Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/rbp/v29s2/a04v29s2.pdf> Acesso em 21/05/2015.
 
 


3 comentários:

  1. Poxa mano, um texto de fácil compreensão e bastante esclarecedor. Muito boa a abordagem sobre ansiedade. Abraços

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  2. Muito interessante. Com uma linguagem simples e acessível foi possível compreender a ansiedade e quando ela se torna patológica. Parabéns ao grupo!

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